sábado, março 28, 2015

Festa de Hienas

Chamo a atenção dos amantes do conhecimento para um questionamento a ser realizado quanto a indicação do filósofo Renato Janine Ribeiro para o Ministério da Educação.
Em primeiro lugar, considero dispensável destacar a qualificação do referido pensador, bem como todas as qualidades que o mesmo possui para assumir a pasta. O problema, na minha humilde opinião, está na "idéia" que foi vendida com relação à nomeação do professor da USP. No âmbito filosófico não temos o que desconfiar de Ribeiro, mas no burocrático temos que formular algumas questões.
A primeira delas é: o Ministério da Educação necessita neste momento - em que a navalha chegou a quase 10 bilhões e as perspectivas são as piores possíveis - de um pensador idôneo, sem experiência com a Res Publica (no sentido prático-político), ou de um nome mais técnico? Digo um nome mais técnico, porque alguém com perfil mais "administrativo" absorveria melhor a guerrilha inquisidora na qual o professor Ribeiro estará sujeito daqui em diante.
Acredito, deste modo, que pensadores do calibre de Renato Janine Ribeiro devem ser chamados para compor e construir um projeto de educação e não para assumir um Ministério completamente esfacelado e que depende de um grande negociador a frente para, no mínimo, manter em dia questões de ordem básica (como pagamentos, obras...).
Portanto, não consigo ver com bons olhos essa indicação e temo, sobretudo, que o nome de Renato Janine Ribeiro seja injustamente esculachado, bem como o da filosofia de uma forma em geral. Até mesmo porque não considero a missão de Ribeiro uma questão que dependa apenas, ou tão somente, da sorte.

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