segunda-feira, setembro 14, 2015

Carregando o Mundo nas Costas

Poema inscrito no II Festival de Poesia da Cidade de São Paulo. 
Autoria: Luciano Bitencourt de Freitas Andrade

CARREGANDO O MUNDO NAS COSTAS

Eu sou estaca, sempre estaca,
Quero ser chão.
Aí é quando tudo desaba,
Pois sustento,
Nunca: sustentação.

Eu sou estaca,
Sempre base,
Sempre apoio,
Mas ao contrário, não tenho em quê
Me apoiar.

Então, eu caio;
Então, eu caio.
Sou sempre estaca.

Entretanto,
E nem por isso,
Eu me julgo
Um Jesus Cristo!
Um Jesus Cristo!
Eu sou sempre estaca.

Acesse, curta, compartilhe e comente: II Festival de Poesia da Cidade de São Paulo.