segunda-feira, outubro 16, 2006

+x+ News // 18 +x+

Evolução das Espécies

Nas cidades do interior brasileiro que estão rodeadas pela cana-de-açúcar ocorre um fenômeno interessante no meio ambiente que, se não chamou a atenção ainda de biólogos e outros pesquisadores, logo o fará. O assunto diz respeito às aves e sua multiplicação, proliferação e desenvolvimento em áreas urbanas, principalmente nos bairros periféricos.

Muitas cidades – do interior paulista e mineiro são exemplos disso – possuem setores residenciais bem arborizados, com profissionais liberais e estudantes como moradores e, portanto, diversas casas com cães (grande percentual de raças voltadas para segurança). A cana-de-açúcar eliminou o habitat natural de inúmeras espécies de aves. Estas, por sua vez, tiveram que migrar para a cidade, e encontraram nos subúrbios o ponto mais próximo de parada.


Numa área rodeada de cães, os pássaros desfrutam dois pontos muito favoráveis: 1) segurança, porque os cães de raça violentos espantam os gatos e, em alguns casos, outros predadores; 2) a comida (ração) dos cães serve também de alimentação para certos pássaros. Menos predadores e mais comida, o resultado é uma explosão de aves. Essa é uma das principais regras da evolução das espécies.

Não bastasse, já se observa também uma transformação – as consideradas mutações. Entre os pássaros que mais se alimentam com ração de cães está o bem-te-vi (foto). Ele pega um grão de ração com o bico, leva para uma base onde possa rachá-la – e o que é mais interessante – e fazer barulho. O som atrai outros pássaros. A questão é que o tamanho de alguns bem-te-vis atuais é algo fora do comum (a não ser que exista uma espécie maior até, então, pouco conhecida). Não sou ornitólogo, mas não me lembro de ver bem-te-vi semelhante. Imagino: também, comendo ração com proteína pra cachorro!

domingo, outubro 15, 2006

+x+ News // 17 +x+

Raios

Este blog está há mais de uma semana sem atualização. Peço desculpas aos leitores, mas os motivos que me levaram a esta situação foram:
- Na sexta-feira (6/10), um raio (fenômeno que ocorre com freqüência nesta época do ano nas regiões Sudeste e Centro-Oeste) entrou pelo cabo da internet e queimou meu computador;



- Neste mesmo dia, eu e a Karina Gonçalves, através da karANGuejo Kriações Ilimitadas, começamos a filmar, produzir e editar o videoclipe da banda DCV (foto), o que significa que até hoje (14/10) estivemos enfurnados neste projeto, além de outros afazeres;



- O Sabão, nosso fiel escudeiro, recebeu seus dois filhotes, de uma ninhada de seis cães. A cadela na qual ele se envolveu cobrou-lhe os direitos na Justiça, passando-lhe a guarda de dois pequenos: o Surf e a Onda (com a mancha). Eles chegaram quarta-feira (11/10) com apenas 25 dias de vida.




Deste então, estou pajeando essas criaturas. Deste modo, o blog “ruminou” nesse período, mas pariu a estréia da karANGuejo Kriações Ilimitadas, o primeiro videoclipe do DCV e os dois novos integrantes da nossa equipe.

+x+ Sem Jabá +x+



Falando em DCV, temos outra novidade. Saiu, finalmente, o primeiro compacto da banda, intitulado “Jazz Rock”. É um disco em vinil amarelo, manchado de vermelho, de 7 polegadas. Contém seis músicas e foi produzido pelo Gabriel Thomaz, do grupo Autoramas.
A capa é um trabalho do GDiamantino, líder do DCV, com direção de arte da Karina Gonçalves. Pra quem gosta de rock anos 80 e de grupos como Rezillos, Sex Pistols, ou os nacionais Replicantes, Cascaveletes e Camisa de Vênus. Para adquirir o vinil é só entrar em contato com
bandadcv@gmail.com.br. Custa apenas R$ 10,00, fora Correios.

sexta-feira, outubro 06, 2006

+x+ MBA (Maranhão Business Adm) +x+

Em Açailândia (que nome sugestivo!), no interior do Maranhão, presenciei uma cena rara de marketing direto. Num momento em que discutimos técnicas, soluções de vendas, novos termos, know-how e uma parafernália de conceitos em marketing, vejo na simplicidade de um vendedor de cds tudo aquilo que um profissional precisa para ser bem sucedido na venda de um produto.
A mercadoria já a descrevi. São cds de música brega, sertaneja, regional, pop, reggae, hip hop e outros estilos nessa linha. Nenhum original, todos cópias, dispostos em uma banca de madeira até bem arrumada (nada high-tech). A banca, por sua vez, ficava na varanda de um restaurante (no posto de combustível) onde diversas linhas de ônibus fazem a sua parada – seja por roteiro ou por quebradeira mesmo (alguns veículos que estacionam ali percorrem trechos de até 2000 km em estradas como a Transamazônica).
O vendedor, bem, esse era um senhor de seus 65 anos. Assim que chegava o ônibus ele observava os passageiros, a medida que iam descendo ele tascava os cds na turma. Primeiro, ele observava o perfil... Qual a tendência. Se sertanejo, mais pop, mais reggae, mais brega... A cada ônibus aquele Sr. vendia uma boa quantia de cds!
Sabem o que penso disso? Ele conhece muito bem com quem ele trabalha,
quem é o cliente dele. E faz aquilo que o cara quer... Só isso mais nada. É simples.
Às vezes ele erra. Errou comigo. Primeiro, colocou um sertanejo, depois um brega, depois um reggae, depois um hip hop e nada. Mas o que isso quer dizer? Que ele não está ali pensando em inventar a roda... Faz aquilo que sabe e acerta o tanto que precisaE às vezes erra. Mas não insiste no erro, por que se não perde um ônibus cheio de oportunidades...

quinta-feira, outubro 05, 2006

+x+ News // 15 +x+


Natureza Morta

Sempre que me deparo com amigos ou conhecidos que residem em metrópoles sou obrigado a ouvir certos comentários que me consomem dias de reflexão. O principal deles, diz respeito à relação Homem-Produção-Meio Ambiente.
É muito engraçado “um garoto da capital” usar um adesivo do WWF no seu carango e esbravejar contra o desmatamento da Amazônia, por exemplo. Primeiro, porque existem vários fatores que levam uma pessoa (um grupo, organização, empresa...) a derrubar uma árvore. Segundo, porque esse motivo pode ser justamente o mesmo daquele que um dia derrubou uma árvore onde hoje está construído um prédio, em Osasco (SP), por exemplo.
Ou seja, se um amazonense (ou qualquer outro brasileiro) não pode derrubar uma árvore, não seria correto exigir que um morador dos grandes centros derrube seu prédio e plante um reflorestamento no local? A mesma complexidade que leva a tornar impensável tal comportamento numa capital, também existe para compreender a razão de se desmatar florestas.
O site Brainstorm#9 traz hoje um vídeo do Instituto Nina Rosa, que atribui ao consumo de carne, a destruição da Amazônia. Estive lá na floresta há uma semana e posso falar com todas as letras que isso é uma grande mentira. Tenho uma amiga que concluiu um doutorado no Rio Grande do Sul, este ano. Sua pesquisa trata da relação existente entre o consumo de leite animal em adultos e a ocorrência de problemas como o câncer. Quando ela me contou essa história, a primeira coisa que lhe perguntei foi: quem está bancando sua pesquisa, a “turma” da soja? Olhos arregalados e fim de conversa.Existe bastante mito em torno dos negócios do campo e como o Brasil é uma ameaça para o resto do mundo no que diz respeito à produção de mercadorias agrícolas – principalmente para a Coroa Inglesa – nos é vendido todo tipo de ideologia barata.

+x+ Vale Mesmo +x+


Gado nelore reunido em grupo posa para foto em pastagem no interior do Pará. Propriedade será arrendada para a Companhia Vale do Rio Doce, que vai explorar a plantação de eucalipto. A cultura promete transformar a região com a geração de empregos e outras oportunidades. Ao que tudo indica, o solo da região também é rico em minérios.

+x+ Sugestão do Dia +x+


Movido pela discussão sobre a produção e consumo de carne, sugiro o acesso ao link: http://www.themeatrix.com/intl/brazil/dub/. Trata-se de uma abordagem muito inteligente sobre o assunto.

quarta-feira, outubro 04, 2006

+x+ News // 14 +x+

Comida

Talvez você, leitor, não entenda, mas o arroz e o feijão que você come no almoço, o tofu de fim de semana, o churrasco com os amigos ou o copo de leite com cereais antes de dormir, têm uma repercussão significativa no desenho da terra (solo) no Brasil.
Como a bola da vez é a cana-de-açúcar (já foi o milho, a laranja, a soja...), essa atividade produtiva toma conta das terras mais férteis e empurra outras modalidades de produção, como a pecuária, por exemplo, para as terras consideradas mais fracas.
Isso é notório no País. A produção animal brasileira não se faz no litoral – como boa parte de vocês deve constatar – e nem mais em terras “nobres”. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás, outrora renomados canteiros de boi, assistem seus plantéis se transferirem para o Tocantins, Pará, Mato Grosso e até ao Acre.
Há muito não se via tão pouco gado de corte no eixo SP-MG-GO. Na Belém-Brasília, somente próximo ao Tocantins, é que encontramos o boi gordo. Em épocas passadas, era sinal de crise, atualmente, depois de uma redução de 35% no volume de fêmeas do rebanho nacional, via abate, em 2005/2006, e de superar os R$ 63,00 a arroba no mercado futuro, tal cenário parece indicar que a pecuária de corte se recupera bem.
Em outubro do ano passado, a atividade “pastou” com a febre aftosa no Mato Grosso do Sul.
No que diz respeito à propaganda do setor, apesar de atender clientes do agronegócio, prefiro deixar a Karina comentar sobre o assunto na sua coluna dominical. No entanto, vale ressaltar que a mídia OUTDOOR é uma das mais utilizadas no interior do Brasil, principalmente, na comunicação de beira de estrada. Em rodovias como a BR-153, ficou marcante na memória as campanhas do Boticário (Dia dos Pais) e do ator Henri Castelli para alguma marca de roupas que não me lembro – além, é claro, das placas de zinco de postos de combustível e fazendas.

+x+ Frase do Dia +x+

“Para tentar reduzir a ‘dependência’ do consumo de cervejas nos finais de semana, a AmBev se juntou ao grupo Pão de Açúcar para expandir as vendas às quartas-feiras, dia de jogo de futebol na televisão e data responsável por apenas 7% do consumo da semana”.

Reportagem de Adriana Mattos publicada hoje, no caderno Dinheiro, da Folha de São Paulo.

terça-feira, outubro 03, 2006

+x+ News // 13 +x+

Mais Brasil

O nível dos rios Paranaíba (MG/GO) e Corumbá (GO) assustou aqueles que passaram por eles nas últimas semanas. Importantes leitos d’água para o abastecimento, entre outros de energia, ambos estão pedindo mais chuvas. Antes deles, temos, ainda no Triângulo Mineiro, a cidade de Araguari, terra daquele que eu considero ser o café mais saboroso do Brasil. Passar por Araguari é sempre bom, seja para apreciar seus cafezais ou a beleza de sua serra.
Há cinco anos, vi muitos cafeicultores daquela região trocarem suas lavouras por granjas de peru. Preços do grão em baixa, dívidas e promessas de ganho com o arrendamento, fizeram com que muitos migrassem para a produção da ave de Natal. Tentei achar algum galpão na beira da estrada, não encontrei. Mas o solo já está sendo preparado novamente para o café, agora, que os preços da mercadoria estão em alta. Teremos outra vez o mesmo ciclo. O agronegócio brasileiro é assim...
Em Caldas Novas (GO), conhecida por suas águas naturalmente quentes, os prédios e condomínios verticais tomaram conta da cidade. A praia de Guarujá dos goianos é só edifícios. Quem não a conhece, recomendo visitá-la logo. Aliás, vá a Rio Quente, do outro lado serra, é um lugar espetacular.
Além de fazendas muito bonitas e organizadas, e de plantações de abacaxi, o Estado do Tocantins tem em suas formações rochosas incrustadas no meio do Cerrado um atrativo à parte. Isso sem contar o Jalapão. Atravessar o Tocantins pela BR-153 nos mostra que a autonomia desta federação há mais de dez anos, em relação ao Estado de Goiás, foi muito promissora. O antigo “Norte de Goiás” é hoje outra realidade, e as cidades que margeiam a Belém-Brasília são exemplos disso. Mesmo pequeninas e simples, suas entradas/fachadas são bem cuidadas e convidativas.

Foto 1 – Imagem sobre a ponte que atravessa o rio Paranaíba (MG/GO)
Foto 2 – Outra imagem do interior do veículo, desta vez é a Serra de Araguari (MG)
Foto 3 – Chafariz construído na entrada de Caldas Novas (GO)

Foto 4 – Formação rochosa próxima à cidade de Guaraí (TO)


+x+ Zebu do Tio Sam +x+


A raça brahman é uma variação de zebuíno, que surgiu nos Estados Unidos, no início do século XX. No Brasil, o brahman chegou na metade dos anos 90. A discussão quanto à adaptação da raça por aqui ainda é grande. A correção do prepúcio é indispensável, mas nesta foto é possível perceber o vigor deste tourinho, que é utilizado no cruzamento com fêmeas da raça tabapuã. Isso no Pará, num calor em média de 40º.

+x+ Frase do Dia +x+

Um amigo mineiro advoga para uma das empresas de Paulo Maluf. Ao saber da vitória do mesmo, pegou o telefone ontem e ligou para o político para cumprimentá-lo. Maluf respondeu:
- Ó meu caro colega, essa vitória é para os meus amigos mineiros que tanto admiram esse representante público brasileiro!
Parece piada, mas é verdade. Só vou preservar o nome e a fonte por questão ética.

segunda-feira, outubro 02, 2006

+x+ Starway to Heaven +x+

O Estado de São Paulo é um caso a parte no que diz respeito à infra-estrutura de suas rodovias e estradas. Mas o tomemos como referência e digamos que você resolva subir para o Norte do Brasil. A rodovia mais adequada será a Anhanguera que o atravessará para Minas Gerais onde, entre Uberaba e Uberlândia (trecho de aproximadamente 100 km), haverá pelo menos uns 40 km sem duplicação, mas em obras.
Desse ponto até alguns quilômetros antes de São José (GO) as estradas estão em boas condições – já na Belém-Brasília. Num trecho de 50 km até Uruaçu (GO) a situação é drástica, muitos buracos, aumento do trânsito de caminhões e veículos pesados. A cana-de-açúcar chegou na região. Há uma semana atrás, a estiagem castigava o Estado de Goiás – apesar de, mesmo seca, haver massa de capim – o que não deixou, porém, o gado sentido como nos anos anteriores. Contudo, no último fim de semana a chuva mudou a paisagem do chão goiano.
Nos pastos goianos predominam a sua bacia leiteira, pois gado de corte mesmo só de Tocantins em diante (falarei mais sobre esse assunto nesta semana). Neste estado, a Belém-Brasília continua em boas condições até Araguaína, onde tem início um longo trecho muito irregular. Na divisa com o Maranhão, a areia branca do rio Tocantins já dá o tom da terra brasileira do reggae. No município de Porto Franco (MA), antes de Imperatriz, a estrada volta a ficar muito ruim e, coincidentemente, vemos mais lavouras de cana-de-açúcar. De Imperatriz a Dom Eliseu (PA), encontramos aquela velha Belém-Brasília que conhecemos e que vemos na televisão. Depois de Açailândia (MA), próximo à divisa com o Pará, a estrada tem um desvio de terra pela lateral, com aqueles atoleiros e tudo mais. No Pará, a BR volta a ficar melhor transitável, pelo menos até onde visitei.


Foto 1 - BR-153 / Belém-Brasília (Goiás)
Foto 2 - Estreito / Ponte sobre o rio Tocantins (divisa Tocantins/Maranhão)

+x+ Frase do Dia +x+

“O jogador pode aproveitar a derrota para crescer. Só não dá para chamar o cara que já perdeu e continua perdendo”.

Dunga, técnico da seleção brasileira, em declaração ao globoesporte.com na manhã desta segunda-feira.

sábado, setembro 30, 2006

+x+ News // 11 +x+

Verde x gente

Enquanto eu tomava café hoje de manhã num hotel, em Goiânia (GO), ouvi a notícia sobre o acidente aéreo envolvendo o avião da Gol. Retornando de uma viagem ao interior do Pará, estava há mais de 24 hs na estrada (rodando mesmo, sem parar), com poucas “descarregadas” e, portanto, sem saber que uma tragédia havia ocorrido do outro lado do Estado que eu acabara de deixar.
Quem conhece aquela região onde o avião caiu sabe desde o primeiro minuto que a possibilidade de sobreviventes beira o milagre. Mata densa e fechada, caso alguém estiver vivo em solo, porém, é bom que não tenha se embrenhado naquele mundo verde.
Enfim, no que diz respeito a minha frustrada tentativa de postar diariamente neste blog informações sobre um trajeto de mais de 4.000 km (ida e volta) pelo Brasil, tenho alguns comentários a fazer:
1) Para que a viagem rendesse (pois se tratava de questões particulares) foram realizadas poucas paradas tanto de ida quanto de volta, mais precisamente para dormitório;
2) Em Paraíso de Tocantins (TO), quase no meio do Estado, é possível se hospedar bem e até conectar o seu laptop à linha telefônica ou pedir o do hotel emprestado. Isso se você tiver paciência com a conexão, que cai toda hora, e disposição para tal depois de 14 hs de viagem, caso contrário...;
3) Na zona rural de Dom Eliseu (PA), meu destino final, a Internet não funciona. Estou à procura de informações sobre qualquer tipo de conexão que possa funcionar bem neste local (rádio, satélite...);
4) Já em Dom Eliseu existem quatro Lan Houses. Uma delas muito boa e com a conexão rápida. No entanto, foram poucos os dias disponíveis para ir à cidade e, nos dias em que fui, por incrível que pareça, houve problema de velocidade (para os posts);
5) Nas ocasiões em que estava tudo ok com a conexão (um único, inclusive) eu tive poucas horas e uma escolha: ou acionava o MSN e falava com todo mundo que eu precisava contatar, ou gravava o programa da CyberShot no computador principal da lan (o único com drive cd) para descarregar as fotos, escrevia todas as legendas das imagens e atualizava o blog.
6) Por motivos de força maior (sentimental e financeiro) eu adotei a primeira escolha.
No final das contas, ficou uma experiência muito interessante no que se trata de comunicação, seus acessórios e utilização – bem como a oscilação existente nessa área, levando em consideração a dimensão do País. Não levei celular por acreditar ser possível fazer essa comunicação via computador (como faço diariamente). Dependendo do trecho percorrido no Centro-Oeste e no Norte do Brasil, não é.
Estarei mais vezes nesse itinerário e a minha pretensão é testar novas tecnologias, como a simples postagem por celular (num lugar inóspito), por exemplo. Uma conquista importante, acredito, será conseguir postar de dentro de um veículo em movimento – enquanto outra pessoa dirige, é claro – em lugares longínquos.
Pois, num longo percurso não é interessante ficar parando para escrever ou tirar fotos (a não ser que a viagem seja recreativa ou de turismo, o que não é o meu caso).
Amanhã (1º/10) tem eleição, mas tem também a coluna Karanguejo, da Karina Gonçalves, sendo assim vou postar minhas fotos (além desta abaixo), notícias e vídeos, a partir de segunda-feira. Inclusive, recebi muitos elogios pelo espaço da Karina, agradeço a todos que leram, colaboraram e que continuam fazendo seus comentários, ou enviando e-mails e outras mensagens.

Inté +.

+x+ Reggae Zebu +x+


Gado da raça gir mocha vendido em leilão, no interior do Maranhão. Pouco difundida no País, a raça é característica pela produção de leite e pela ausência de chifres (incomum no gado zebu [de origem indiana]). No Maranhão, a gir mocha é utilizada também na produção de machos mestiços (a partir do cruzamento com outras raças) para o abate.

domingo, setembro 24, 2006

+x+ E mais vaca, passarinho e papel +x+

Para divulgar os dois animais a serem vendidos no Leilão Mata Velha, um dos grandes remates da Expoinel, a Fazenda do Sabiá investiu num folder de 8 páginas. Buscando menores custos, não havia como investir numa produção fotográfica para a capa do folder. Numa pesquisa de novas possibilidades, dentro do tema natureza, mata, pássaro (o sabiá é ícone-marca da Fazenda), o “quilling” foi um grande achado! A técnica de produção de desenhos a partir de montagens com rolinhos de papéis coloridos, possibilitou um trabalho diferente, personalizado e dentro do custo solicitado pelo cliente. Por um valor mínimo de produção, a Fazenda do Sabiá viu a capa do seu folder acontecer. O trabalho foi produzido sobre tela e emoldurado. Para ser passado para o papel, foi digitalizado e manipulado no programa Photoshop. No envelope produzido em papel Kraft, a impressão colorida de uma “bird-texture” deu o toque cru/artesanal que o trabalho pedia.
O
quilling é uma arte manual que teve início há séculos e foi muito praticado nas ordens religiosas européias, alastrando-se posteriormente para os Estados Unidos. Com adeptos hoje no mundo inteiro, o Brasil possui muita gente mergulhada nessa arte, como é o caso da artista Claudete Leme, que produziu para a Nativa Propaganda, o Sabiá Laranjeira.



sábado, setembro 23, 2006

+x+ News // 10 +x+


On The Road

Hoje (23/09), iniciei uma viagem de mais de 2000 km (ida) acompanhado do colega e engenheiro André Pará. Saímos de Uberaba (MG) às 6 da manhã (foto). Meu destino é Dom Eliseu, e o de André a cidade de Redenção, ambas no Estado do Pará.
Estamos juntos até o município de Paraíso (TO), onde sigo pela rodovia Belém-Brasília, passando pelo Estado do Maranhão, de ônibus, até Dom Eliseu. André, por sua vez, pega outra estrada que o levará direto à Redenção. Lá, voltamos a nos encontrar na sexta-feira (29/09) pra retornarmos à Uberaba.
Tentarei relatar no Blog todo esse percurso, mas devo ficar alguns dias fora do ar por estar em locais desprovidos de Internet. Será uma semana cortando os estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, além do Distrito Federal. Estarei postando fotos-legenda a partir de segunda-feira (25/09) – amanhã estréia a coluna dominical da publicitária Karina Gonçalves. É isso aí!

sexta-feira, setembro 22, 2006

+x+ News // 9 +x+


Valor da notícia

Prestes a colocar na prensa centenas de cópias do primeiro disco, os integrantes da banda DCV, de Minas Gerais, foram pegos de surpresa. O grupo optou por uma alternativa não muito convencional até dias atrás: um compacto de seis músicas em disco de vinil. Mesmo existindo quem ainda utiliza esse recurso, o DCV ouviu muitos conselhos contrários à iniciativa. Os palpites eram unânimes quanto à condição obsoleta dos vinis.
Pois bem, o DCV bateu o pé, quis o compacto em vinil e rumou para a única fábrica do produto existente na América Latina, localizada no Rio de Janeiro.
Em meio às negociações, faltavam apenas alguns documentos de praxe, o jornal Folha de São Paulo, do último domingo, divulga uma matéria de capa do caderno Ilustrada, falando a respeito da fábrica e de seu proprietário, Nilton José Rocha. A matéria analisa a ressurreição do vinil, além do novo nicho de mercado para os LPs, que atrai gente como Caetano Veloso, Los Hermanos, Nando Reis, Ed Motta e outros.
Até a última conversa com o DCV a labuta era para que a fábrica mantivesse o acordo feito verbalmente, por telefone, antes da divulgação da matéria. Jornalismo é jornalismo, mas também é, antes de tudo, uma “puta” propaganda.

+x+ Frase do Dia +x+

"Motores a diesel podem rodar com óleo de amendoim sem nenhuma dificuldade", explicou o engenhoso inventor Rudolf Diesel em 1912.

Matéria divulgada na revista alemã Der Spiegel, e traduzida no site Uol.

quinta-feira, setembro 21, 2006

+x+ Primazia +x+

Uma pianista que é cantora, mais um baterista. Ambos são apaixonados pela Alemanha dos anos 30 e 40 e se vestem como artistas de cabaré. Este é o The Dresden Dolls, uma dupla que produz uma sonoridade muito diferente. Confira este vídeo deles numa apresentação ao vivo num programa da rede ABC.

quarta-feira, setembro 20, 2006

+x+ Banco de Arte +x+


Os argentinos Juan Llamosas e Francisco Lemos dirigem um trabalho muito legal, que é o site www.clandestina.com. Neste espaço, que funciona como uma revista virtual, eles divulgam imagens, desenhos e outras produções de artistas do mundo inteiro. A qualidade dos trabalhos é indiscutível. O site é farto em conteúdo e links, que trazem obras como a do finlandês Hans Nissen (foto).

+x+ Frase do Dia +x+

Família – a galinha tem pintinhos; a bananeira tem banana e a família tem televisão.

Extraído do livro Dicionário de Humor Infantil, do médico e escritor Pedro Bloch.

terça-feira, setembro 19, 2006

+x+ Frase do Dia +x+

Mundo – Aprendi que mundo quer dizer limpo. Imundo quer dizer sujo. E Mudinho é só apelido de Raimundo.

Extraído do livro Dicionário de Humor Infantil, do médico e escritor Pedro Bloch.

segunda-feira, setembro 18, 2006

+x+ News // 5 +x+

It’s All Right

No último fim de semana, tive contato com a campanha “Achou, Ganhou” da Coca-Cola. Comprei uma garrafa de 600ml e vi a tal iniciativa pela primeira vez (talvez eu já tenha passado despercebido). Válida de 12/09/2006 a 12/11/2006, a promoção consiste em achar uma tampinha premiada (vale uma Coca-Cola grátis) e trocá-la nos postos de venda por outra unidade do refrigerante.
É nítido que, depois de uma campanha como a "CopaLoucos" para o mundial de futebol deste ano, a Coca-Cola faz um trabalho de branding, numa sustentação do caráter promocional da marca. Penso na faca de dois gumes. Quem procurar no site da Coca-Cola os postos de troca “mais próximos de sua casa” vai encontrar uma ampla lista de opções. Uma lista, porém, que excluiu regiões como a do Triângulo Mineiro, e cidades como Ribeirão Preto, no interior paulista.
Isto mesmo, se você mora neste trecho, considerado economicamente um dos mais ricos do País, infelizmente sua tampinha premiada não poderá ser trocada com facilidade e comodismo. Outro inconveniente é que, ao encontrar um posto de troca numa localidade credenciada, dificilmente você consegue efetuá-la – como já aconteceu em outras campanhas.
É indiscutível a ação marqueteira da Coca-Cola e de todos os seus méritos, o que me deixa encabulado é o fato de a mesma desprezar tal realidade descrita acima – tenho informações de que são estratégias desenvolvidas pelos CEOs da empresa no Brasil. Acredito que o crescimento dos Pets está muito relacionado a este caso, pois em bairros, cidades ou comunidades onde a população se comunica bastante entre si – com o comportamento da Coca-Cola – a fidelidade do consumidor recai aos produtos que lhes estão mais próximos (no caso os regionais).Costumo dizer: se você pode atingir 100 pessoas numa ação de comunicação, pra quê atingir só 10? Contudo, a cada 10 segundos, 126 mil pessoas no mundo tomam um dos produtos da empresa. Seria este o motivo?

+x+ Doré, pré-Sandman +x+


O francês Gustave Doré (1832-1883) foi ilustrador, pintor e escultor. Seus desenhos ilustraram obras como “A Divina Comédia”, de Dante (foto); “Gargantua”, de Rabelais; “Contos” de Balzac; “Dom Quixote”, de Cervantes; “Paraíso Perdido”, de Milton; “O Corvo”, de Edgar Allan Poe; e a Bíblia. Com suas ilustrações, Doré parece ter sido o Neil Gaiman (o desenhista inglês criador do quadrinho Sandman) do século XIX.

+x+ Frase do Dia +x+

A primeira palavra que meu filho – hoje com quase 6 anos – aprendeu, antes mesmo de pai e mãe, foi “Cocu”.

Marcelo Alamy, publicitário

sábado, setembro 16, 2006

+x+ Tiro Pela Culatra +x+


Depois da dispensa promovida pela Varig, que ocasionou a capa da Playboy deste mês, muita gente rezou e torceu pela quebradeira definitiva da Daslu, pela queda brusca na venda de discos da cantora Sandy e pelo tão esperado fim de carreira da modelo Gisele Bündchen. Não teve jeito, quem acabou anunciando uma demissão em massa foi a Volks, de São Bernardo do Campo (SP). Com isso, a consideração geral no momento é a de que, mesmo assim, vai dar revista masculina. Mas não será a Playboy.

+x+ Frase do Dia +x+

Dúvida – Por que é que todo dia é hoje?

Extraído do livro Dicionário de Humor Infantil, do médico e escritor Pedro Bloch.

quinta-feira, setembro 14, 2006

+x+ News // 3 +x+

Amor Mata

Existe uma máxima por aí que diz: o amor é o descuido do ódio. Condenado e depois absolvido pelo crime que ficou conhecido como o “massacre do Carandiru”, o coronel reformado Ubiratan Guimarães foi morto na última semana com um tiro de revólver calibre 38. No estalar da notícia, não restou dúvida para a opinião pública: foi vingança!
Hoje, os canais de comunicação dão praticamente como certa a participação, logo a autoria, das “namoradas” do militar neste assassinato. Daí surgem pérolas populares: “um homem tão ruim, só podia ter uma pessoa tão ruim apaixonada por ele!” A lógica do povo corta como navalha deixando a carne aparecer.
Chamo, no entanto, a atenção para este fato devido ao desdobramento que o mesmo levou. Foi um verdadeiro caso de CSI (Crime Scene Investigation) – série dramática norte-americana sobre investigadores que utilizam os mais diversificados recursos para encontrar a prova do crime. Foi assim com Ubiratan, Suzane (já condenada), Rugai (que aguarda o júri popular) e outros.
Da mesma forma que assistimos aos programas religiosos, “shoptimes” e coisas do gênero, não tardará o dia em que as emissoras irão veicular em suas grades um sem número de atrações judiciais. Será o espetáculo dos julgamentos, que ganhará força com a disseminação da tv digital. Por isso, a discussão já foi lançada com seus prós e contras.Os advogados vão se esbaldar. Uma vez que não lhes é permitida a publicidade de seus serviços, poder contar com a televisão para divulgar feitos e desfeitos é um grande privilégio. E como as pessoas não param de amar, certamente crimes desta ordem não cessarão de acontecer.
+x+ Love Kills +x+

Composta pelo líder do grupo britânico The Clash, o falecido Joe Strummer, a canção Love Kills integrou a trilha sonora do filme Sid and Nancy, do diretor Alex Cox, em 1986. Vale conferir a música, uma mistura de rock, folk e pop, e também o vídeo que traz ninguém menos que o ator Gary Oldman (Uns 20 anos mais novo, é claro)

+x+ Frase do dia +x+

O petróleo é nosso, mas o gás é da Bolívia.

quarta-feira, setembro 13, 2006

+x+ Fique Esperto +x+

Este comercial vende um energético. O principal objetivo do produto é agitar quem estiver prostado. Que não é o seu caso, é?

+x+ Idéias +x+


Talento e gênio criativo se fundem em Brian Wilson. Ele foi guitarrista e principal compositor do grupo Beach Boys, sucesso dos anos de 1960 com hits como “Surf in USA”. A história de Wilson, além de muito curiosa, elucida bastante o que é compreender (e também conviver com) uma pessoa considerada louca, ou diagnosticada esquizofrênica. A capa acima é do disco Smile, e vale a pena conferir a reportagem da revista Viver – Mente e Cérebro sobre este álbum e sobre toda a carreira do artista – ainda vivo, superando a loucura e trabalhando o seu potencial criativo.

+x+ Frase do Dia +x+

"Verdade – é uma coisa que a gente diz e o nariz da gente não cresce."

Extraído do livro Dicionário de Humor Infantil, do médico e escritor Pedro Bloch.

terça-feira, setembro 12, 2006

Salve Simpatia!


Queridos leitores,

A partir de agora vocês têm um novo canal de comunicação pela Internet. Trata-se deste próprio, ou melhor,
www.lucianobitencourt.com.br, onde você tem acesso, entre outras coisas, a este blog.

O que abrange necessariamente este espaço?

Ora, é tanta coisa pra falar, mostrar e disponibilizar que não dá pra dizer: vamos lidar com este ou aquele tema. Vou tentar falar de tudo. De tudo um pouco. Principalmente, dos assuntos pertinentes ao seu perfil. Tenho interesse em informações do seu setor, conte-me casos e curiosidades, indique-me links e o mais importante: envie-me exemplos de projetos importantes que ousaram pela criatividade.

Enfim, espero manter contato direto com todos vocês, me ajudem a divulgar este espaço, contratem os meus serviços e vamos conversando!!!
In T+.

+x+ News//1 +x+

Voto Puto

A menos de um mês das eleições 2006 continuo mais convicto do que nunca de que irei votar nulo outra vez. No entanto, este ano, não irei somente anular o voto, irei votar PUTO. Isso mesmo, penso até que a melhor campanha que pode ser lançada no momento é esta: Eu Voto Puto! Independente de quem seja seu candidato, por um acaso você não vai votar puto?

Pois é, não estou querendo convencer ninguém a votar nulo, neste ou naquele político. A questão é que, se o voto é obrigatório, somos obrigados a votar! Contudo, isso não quer dizer que irei votar alegre e com o peito cheio de orgulho, pelo contrário. O TSE, STF ou qualquer órgão que seja, pode muito bem ferrar esse ou aquele candidato, além de se escabelarem para que o povo não vote nulo, mas não pode tirar o meu direito que é o de votar PUTO.
Por isso, em 2006, levanto esta bandeira: O Meu Voto é Puto!
+x+ Anti-Horário +x+

Depois do golpe da empresa Avestruz Máster no Brasil, e a quebradeira de muitos investidores, ainda tem gente que não só associa sua imagem com a ave como também pede votos com ela.

+x+ Só Detrito +x+


Na década de 1980 rolou um long play muito bacana de um grupo de rock de Brasília (DF) chamado Detrito Federal. O conjunto do trabalho é muito bom (som, letras...), mas a capa do disco é talvez a imagem que mais bem representa o nosso sentimento cívico no momento.

+x+ Frase do Dia +x+

“Político – é um programa de tevê que não deixa ver novela”


Extraído do livro Dicionário de Humor Infantil, do médico e escritor Pedro Bloch.